As alterações climáticas já forçaram milhões de pessoas, em todo o mundo, a abandonarem as suas casas. REUTERS - Ahmed Kingimi

**COP29: A crise climática agrava a vulnerabilidade dos deslocados e expõe disparidades no financiamento global**

- **Financiamento desigual:** Estados extremamente frágeis recebem apenas **2 dólares por pessoa ao ano** para adaptação climática, enquanto países não frágeis recebem **161 dólares**, destaca o relatório do ACNUR apresentado na COP29.
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- **Escalada de deslocamentos:** Dados revelam que **fenômenos climáticos extremos forçaram 220 milhões de pessoas a se deslocarem internamente na última década**, o que equivale a 60 mil deslocamentos por dia. Até 2040, o número de países expostos a riscos climáticos extremos deve saltar de três para **65**, grande parte abrigando populações deslocadas.

- **Impactos devastadores em Moçambique:** O país, um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, sofreu com ciclones recentes como o Gombe e o Fred, que deslocaram centenas de milhares de pessoas. **700 mil deslocados internos** enfrentam vulnerabilidade extrema devido a choques climáticos e conflitos.

- **Crise humanitária agravada:** Fenômenos como secas, inundações e ciclones aumentam a insegurança alimentar, afetam infraestruturas frágeis e forçam migrações massivas. Além disso, o desmatamento eleva riscos ambientais, como a erosão do solo e enchentes.
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- **Apelo por mais financiamento:** A expectativa na COP29 é que **os países poluidores assumam maior responsabilidade**, fornecendo recursos para ajudar os mais vulneráveis a se adaptar às mudanças climáticas. O ACNUR enfatiza a necessidade de colocar os deslocados no centro das discussões climáticas.
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- **Perspectiva humana:** O relatório alerta para os impactos diretos e indiretos das mudanças climáticas, destacando que não basta discutir mercados de carbono ou prazos de ação – é crucial priorizar as necessidades das comunidades mais afetadas, promovendo desenvolvimento e investimento sustentável.